24 de setembro de 2007

INADIÁVEL RETORNO


"Existe uma possibilidade de nos orientarmos para a iniciação no momento em que a busca de segurança, própria ao homem natural, é frustrada, no momento em que ele é abandonado, sem escapatória possível, à destruição, ao absurdo, à solidão.
Reencontrar uma vida fecunda e uma razão de ser não é, neste caso, realizável a não ser que sejam transpostos os limites de uma existência baseada na segurança, no sentido razoável e na proteção. Tais limites são transpostos quando a aceitação do sofrimento toma o lugar da recusa natural de sofrer.
Então, o homem reconhece que essa atitude, na aparência paradoxal, representa sua possibilidade de alcançar um estado que exige a superação do ego natural. Trata-se do passo dado em direção à verdadeira profundidade, talvez, até mesmo o salto no caminho que leva ao renascimento através da unidade com o Self, mas que supõe, antes de tudo, um aniquilamento. Trata-se da fórmula fundamental de toda transformação: “Morre e torna-te o que és” K.G. Dürckheim

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“Quando você se lança em uma jornada e o fim parece cada vez mais distante, então você percebe que o verdadeiro fim é o percurso” K.G.Dürckheim...
Inadiável retorno...

Existem momentos, em que achamos que não estamos tendo muito sucesso, com nossos esforços no sentido de retornarmos para casa... Nesta hora, imprescindível se faz lembrar das palavras de Dürckheim.

Devemos ter em mente que em nossa busca de conhecimento e de uma compreensão sempre fugidia da vida é necessário uma mente inocente e espontânea, não permitir que nossas repressões por crenças e condicionamentos venham se interpor nessa busca naquilo que nos parece misterioso... Há necessidade de INOCÊNCIA, uma mente inocente, como faria uma criancinha, com sua natural espontaneidade... Devemos perceber que há na verdade, muito valor no simples ato de procurar alcançar, com uma mente pura e não-condicionada experiências elementares que a vida nos oferece... Nosso Amado irmão e Mestre Ascenso Jesus, quando em sua passagem pela Terra deixou isto de forma velada... É necessário ler nas entrelinhas para captarmos suas reais mensagens – “Vinde a mim as criancinhas, porque delas serão o reino dos céus”... Ou seja, voltarmos a ser mentalmente inocentes...

Vivemos em uma busca confusa de novos valores em uma sociedade caótica... Sabemos do quanto, todos nós, desejamos a paz interna e compreender qual o propósito de nossas vidas... Sabemos, também, dos relatos de muitos que já conseguiram, através da ascensão que se dá pela expansão da consciência, porém, parece-nos muito complicado entender a simplicidade de suas colocações... Nos é deixado claro que não poderemos entender a Verdade através do intelecto, da mente racional, portanto, o caminho é outro. Para que isto possa acontecer, é necessário renunciarmos à nossa separatista consciência do ego e fluir junto com a corrente universal... Ou a Vontade de Deus... Portanto, sintonia com o ritmo universal com bases na inocência são fatores essenciais.
E qual seria o caminho? Meditarmos... Meditar em seu sentido mais profundo... Retornarmos à fonte, na tentativa de buscar nossa identidade original! Buscar a re-identificação com a essência do ser de cada um de nós em sua trina manifestação, como as tradições esotéricas falam da triplicidade da Alma ou dos três “Raios” fundamentais – Poder, de Amor e Sabedoria e de Inteligência em ação...

A que isto poderia nos levar? Certamente à revelação do significado e do propósito espirituais que se acha no cerne de toda situação de nossas vidas... “O céu está dentro de nós” e tudo o que temos que fazer é nos mantermos abertos, disponíveis e principalmente inocentes, como uma criancinha, para ouvirmos a harmonia total da vida... Harmonia esta, na qual desempenhamos um papel necessário à inteiração e ao significado do todo.

Assim, depois de nossas confusas buscas que estimularam as nossas perambulações, acabando por nos trazer identificações conscientes dessa “essência”, só nos resta a necessidade de retornar à fonte, um voltar para casa... Sendo, portanto, este caminho inadiável!Formas de nossa cultura fornecem os meios para fazê-lo e técnicas para tanto não nos faltam, pois, grandes momentos do passado coletivo se tornam inspiração para novos e sólidos começos. Que alvo deveríamos alcançar? Qual seria o propósito dessa “luta”? Nada mais, nada menos que o desenvolvimento de uma compreensão da totalidade que somos... O controle sobre nossas faculdades mentais nascentes que operam por entre emoções ainda dominantes ou incentivos culturais coletivos que agem como um poder centralizador e gerador de totalidade. Não sendo nada mais requerido para o desenvolvimento da consciência individualizada e sua revelação do que - uma atenção concentrada.E para que nessa jornada não se perca o estímulo, necessário se faz sempre lembrar ainda que - Quando nos lançamos em uma jornada e o fim parece cada vez mais distante, então devemos perceber que o verdadeiro fim é o percurso... Pois, não existe um fim, é e será sempre, seguir...

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Texto de Marilena Rodriguez > Eterna Buscadora e Aprendiz Terapeuta Holística > Praticante de E.F.T. – MTC – Auriculoterapeuta - Kinesioterapeuta – Reiki Máster – Radiestesista Clínica – Terapeuta Floral/Elixir de Cristal.E-mail: liberdadedeser@gmail.com

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