2 de setembro de 2007

UNIDADE E DUALIDADE

UNIDADE E DUALIDADE

Capitulo 5
Este capitulo é seguramente, deste precioso livro, o que mais se aproxima do famoso “Somos Todos UM” que é nosso brasão, nosso logotipo.

Mostra o caminho da busca da Unidade com o Todo e com todos, mesmo que a nossa mente consciente, no atual estado de evolução, ainda possa muito facilmente nos deixar cair no julgamento, na critica, na seleção de algo como melhor ou superior, sem perceber o esplendor da diversidade, das cores e dos tons infinitos com os quais a Natureza nos brinda.A busca desta consciência superior que esclarece e finalmente unifica é o tema deste capitulo iluminado e imperdível.
Veja a seguir a interpretação do capítulo 5 por Maria Guida.

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Gostaria muito de poder dizer a todos os que me lêem que já consegui compreender e vencer o desafio da dualidade.
Mas, infelizmente, como todos os que vivem neste planeta, estou mergulhada na matéria, e descobri que uma das conseqüências de estar encarnada é conviver com essa desconcertante tendência de dividir tudo o que é uno em dois opostos.
O mais interessante, e digo interessante porque é algo que dá para entender intelectualmente, mas quase nunca aplicar no dia a dia, é que esses opostos em que costumamos ver dividida toda unidade, nem sempre precisam ser conflitantes.
Acho que um truque para conviver com a dualidade é aceitar os opostos como cores que os sentimentos assumem, quando em contato com essa ou aquela realidade.
A energia-sentimento funciona como um desses galinhos que mudam de cor de acordo com o clima. Ficam azuis quando o clima está seco e cor de rosa quando vai chover, ou vice-versa.
Nosso sentimento é assim. Se estamos num ambiente hostil, nossa energia fica cinza-azulada de medo. Quando somos acolhidos, a mesma energia ganha o tom rosa-alaranjado da autoconfiança.
O mais perto que consegui chegar nas tentativas que fiz de colocar em prática essa teoria, me levaram ao que eu chamo de vislumbres de eternidade, e vieram sempre depois de um confronto violento com alguém.
Toda vez em que entro em confronto direto com alguém, saio desse confronto muito machucada. E penso que com o outro, acontece o mesmo. Sempre. Porque nesses embates não há vencedores, mesmo quando pensamos que levamos a melhor.
Toda vez que isso me acontece, procuro me acalmar e buscar o contato com a divindade. Recorro a algum tipo de prática de perdão, utilizo as cores para me harmonizar, e, se não consigo me livrar da raiva e da culpa, recito alguns mantras ou orações, buscando purificar minhas emoções.
O fato é que, nos últimos anos, quando isso acontece, quando finalmente consigo voltar ao meu eixo, entro num estado em que é possível ver a mim e ao outro com certa imparcialidade. Aceito que ambos somos responsáveis pelo que aconteceu.

Nesse estado, sou capaz de entender, porque o outro agiu como agiu e disse o que disse. Posso me ver como agressora, posso entender porque fui dura, mesquinha, cruel, desleal e covarde. Posso enxergar o outro e a mim mesma, como lutadores que atacam para se defender. Percebo a inutilidade da luta: sua falta de sentido.
Nesses momentos, recordando o incidente, sou capaz de reconhecer em que ponto do confronto transgredi minhas próprias leis interiores. Muitas vezes, posso até mesmo ver claramente o que deveria ter feito para solucionar a questão sem embate.
Freqüentemente, enquanto tudo isso acontece, uma enorme compreensão me invade. Tenho vontade de procurar o outro e lhe pedir perdão. Desejo sinceramente que ele fique bem, que encontre a paz. Posso ver a nós dois com nossas imperfeições humanas e não menos dignos de amor. Ao ver-nos dessa forma, transformados nesses seres ameaçadores, violentos e destrutivos, posso identificar nossos medos, inseguranças e carências. Freqüentemente são os mesmos... E mesmo quando são diferentes, passíveis de aceitação.
Eu não sei se isso que acontece comigo quando eu me firo na luta com meus semelhantes é ou não um avanço na compreensão da dualidade.
Só sei que quando estou nesse estado reconheço-me semelhante aos meus opositores, e isso me faz estranhamente livre, leve e em paz.
Nessa perspectiva rara, não há divisão.
Vejo-me muitas vezes pensando que tudo seria mais fácil se eu conseguisse manter essa percepção em tempo integral.
Mas, via de regra ela vai se esvaindo lentamente. Permanece apenas o suficiente para que eu consiga perdoar-me e ao meu antagonista, formular o firme propósito de agir de forma mais amorosa em nosso próximo encontro, e até sentir-me grata a ele pela oportunidade que me deu de entrar em contato com essa refrescante, revigorante sensação.
Afinal, se não houvéssemos brigado...
Estou relatando essas impressões e sentimentos, porque experimentado-os pressinto que a sensação de unidade está de alguma forma nela contida. Ela faz do universo inteiro uma única e mesma coisa, e nos coloca dentro disso, incluídos, participantes e integrados. Felizes, e finalmente conscientes de que Somos Todos UM.

Maria Guida
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/guia.asp?id=2404


OBS: Interessante, se é que se pode chamar assim, eu ter chegado no dia de hoje até esse texto da Maria Guida, pois, por incrível que pareça estou tendo experiências em minha vida semelhantes... certamente, será pelo fato de teoricamente eu ter a consciência da dualidade em que vivemos e toda a minha meta estar concentrada na busca pela Unidade... aí, fica claro toda essa sincronicidade, energias semelhantes se atraindo...

Também eu me vejo muitas vezes pensando que tudo seria mais fácil se eu conseguisse manter essa percepção em tempo integral... Mas sei que tudo tem seu tempo certo, que seguir perseverante a meta é o caminho e jamais me esquecer que não há uma chegada, que na há um lugar para onde ir e sim seguir...

Lena

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