3 de abril de 2009

HISTÓRIA DE UMA RÃ

"Nunca duvide de que um pequeno grupo de pessoas comprometidas pode mudar o mundo -na verdade, é a única coisa que alguma vez já o mudou."

Margaret Mead


Ler, meditar e encaminhar: é cruelmente verdade.


Da alegoria da Caverna de Platão a Matrix, passando pelas fábulas de La Fontaine, a linguagem simbólica é um meio privilegiado para induzir à reflexão e transmitir algumas idéias.

Olivier Clerc, escritor e filósofo, nesta sua breve história, através da metáfora, põe em evidência as funestas conseqüências da não consciência da mudança que infeta nossa saúde, nossas relações, a evolução social e o ambiente.


Um resumo de vida e sabedoria que cada um poderá plantar no próprio jardim, para desfrutar de seus frutos.

A rã que não sabia que estava sendo cozida.


Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã.


Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente.

(Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a rã não se apercebe de nada!)


Pouco a pouco, a água fica morna, e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar...


A temperatura da água continua subindo...


Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar; ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta.


Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada.


A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.


Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela.


Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta.


Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando.


Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e, hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.


Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem.


As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.


O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas...


Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã.


Agora, é para hoje!!!


Consciência, ou cozido, precisa escolher!


Então, se você não está, como a rã, já meio cozido, dê um saudável golpe de pernas, antes que seja tarde demais.


NÓS JÁ ESTAMOS MEIO COZIDOS?

OU NÃO?


*********


Divindade limpe em mim as memórias que se repetem e que compartilho com todos e tudo ao meu redor e as transmute em pura luz!

Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grata.




Um comentário:

  1. Muito bom...mas creia que o despertat passa por processos de descobertas que precisam sempre serem conduzidos por sí mesmos para que spossa enxegar a verdade que naturalmente pode mudar de acorod com seu aprendizado e deixando de ser absuluta. Grata. Sds.

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