17 de dezembro de 2009

O Filho pródigo


ARTEN: Jesus estava usando os símbolos da platéia para quem estava falando... Mas ainda existe muito a se aprender observando essa história com clareza.


“Havia um homem que tinha dois filhos; e o mais jovem disse ao pai, “Pai, dê-me a metade que me cabe das propriedades”. E ele dividiu seus bens entre eles. Não muitos dias depois, o filho mais jovem juntou tudo o que tinha e partiu em sua jornada para um país distante, e lá ele esbanjou sua fortuna em vida fácil. E, quando tinha gastado tudo, uma grande escassez veio para aquele país, e ele começou a passar necessidades. Então, ele se juntou a um dos cidadãos daquele país, que o mandou para seus campos, para alimentar os porcos. E ele alegremente encheu os potes onde os porcos comiam, e ninguém lhe deu nada. Mas, quando caiu em si, disse, “Quantos servos do meu pai têm pão que dá e sobra, mas eu estou padecendo aqui, com fome! Vou me levantar e ir até meu pai, e vou dizer a ele, ‘Pai, eu pequei contra o céu, e contra você, trate-me como qualquer um dos seus servos’”. E ele levantou e foi até o seu pai. Mas, enquanto ainda estava distante, seu pai o viu e teve compaixão, e correu para abraçá-lo e beijá-lo. E o filho disse a ele, “Pai, eu pequei contra o céu e contra você; não mereço mais ser chamado de seu filho”.Mas o pai disse aos seus servos, ”Tragam rápido o melhor manto e o coloquem em seus ombros; e coloquem um anel em seu dedo, sapatos em seus pés, e tragam a vitela mais gorda e a matem, e vamos comer e nos alegrar, pois meu filho estava morto e está vivo novamente; ele estava perdido e foi encontrado”. E eles começaram a se alegrar.”


A primeira coisa que você tem que entender é que o Filho não foi expulso de casa; ele era inocente e inconseqüente o bastante para pensar que poderia partir e viver melhor por conta própria. Essa foi a resposta de Jesus para o mito do Jardim do Éden. Deus não baniu você do paraíso, e Ele não é responsável de qualquer modo, aspecto ou forma por sua experiência de estar à parte Dele.
A próxima coisa que você deveria perceber é que o Filho acabou com seus limitados recursos e começou a experimentar a escassez, uma condição que não existia no Céu. Estando aparentemente separado da sua Fonte, ele agora estava experimentando o desejo pela primeira vez...
... nós dizemos que ele está aparentemente separado da sua Fonte, porque estamos falando de algo que apenas parece ter acontecido, mas que realmente não aconteceu. Compreendemos que esse é um conceito difícil...
Agora experimentando a escassez, o Filho tentou suprir essa falta juntando-se a outro cidadão daquele país. Isso é simbólico de tentar encontrar soluções para seus problemas em algum lugar fora de você... Essas tentativas sem fim e sem esperança de achar uma solução através de uma busca externa vão continuar até que você se torne como o Filho pródigo quando ele caiu em si. Então, o Filho percebeu que a única resposta significativa para seu problema era voltar para a casa do seu Pai, e fazer isso se tornou mais importante para ele do que qualquer outra coisa no mundo.

Aqui, ele chegou ao ponto mais importante da história: o contraste entre o que o Filho chegou a acreditar que era verdadeiro sobre si mesmo, e o que seu Pai sabia ser verdadeiro.

O Filho pensou que havia pecado e que não merecia ser chamado de Filho do seu Pai.
Mas, o seu Pai amoroso não quis nem ouvir falar sobre nada disso. Ele não estava irado ou vingativo, e não estava nem um pouco interessado em punir Seu Filho.

É assim que Deus realmente é! Ele não pensa como os humanos, porque Ele não é uma pessoa. A história é metafórica. O Amor de Deus corre para encontrar Seu Filho. Deus sabe que Seu Filho é inocente para sempre, porque Ele é Seu Filho.

Nada do que parece acontecer pode jamais mudar esse fato. O Filho pródigo agora está retornando à vida. Ele não está mais perdido em sonhos de escassez, destruição e morte. Está na hora de festejar.

GARY: Não é que isso não faça sentido, mas eu tenho alguns problemas. Em primeiro lugar, a coisa sobre todo o universo ser responsabilidade do Filho pródigo e não de Deus. O mundo, a natureza, o corpo humano, tudo parece impressionante para mim. Eu não sou exatamente o que vocês chamariam de um otimista tolo, mas existe muita beleza, ordem e complexidade que me pareceriam ter um toque de Deus. Em segundo lugar, se eu dissesse às pessoas que Deus não criou o mundo, isso iria provocar um alvoroço tão grande por aí...

ARTEN: ... A verdade é que você não tem que dizer nada a ninguém. Seria completamente possível que você praticasse o tipo de espiritualidade sobre a qual vamos conversar sem que ninguém jamais soubesse. Isso será entre você e o Espírito Santo ou Jesus, quem você preferir. A única diferença entre o Espírito Santo e Jesus é que um é abstrato e o outro específico. Eles são realmente o mesmo, e seu trabalho será feito em sua mente junto com Eles.
Isso não é sobre tentar salvar um mundo que não está lá fora realmente de maneira alguma. Você salva o mundo se concentrando em suas próprias lições de perdão. Se cada um se concentrasse em suas próprias lições, ao invés de nas lições de outra pessoa, o Filho pródigo, coletivo, estaria em casa em um minuto...

O mundo não precisa de outro Moisés, e nunca foi a intenção de Jesus iniciar uma religião. Tanto naquela época quanto agora, o mundo precisa de uma nova religião tanto quanto de um buraco maior na camada de ozônio. Jesus foi o seguidor máximo, no sentido de que ele, com o tempo, ouviu apenas ao Espírito Santo. Sim, ele compartilhou sua experiência conosco, mas ele sabia que não podíamos entender muito, e que iríamos aprender algum dia, exatamente como ele fez.

Sobre a tão chamada beleza e complexidade do universo, é como se você tivesse pintado um quadro com uma tela defeituosa e uma pintura inferior, e, logo que terminou, a pintura começou a rachar e as imagens nela começaram a se decompor e a despencar. O corpo humano parece ser uma obra perfeita e espantosa – até que algo dá errado com ele. Eu não tenho que lhe dizer que aparência seus pais tinham um pouco antes que suas vidas terrenas terminassem.

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Sou grata, sou grata, sou grata, pela oportunidade de libertar minha equivocadas memórias e a mim!

Este último parágrafo eu chamaria de sincronicidade no meu dia de hoje... Estava eu olhando o meu velho cão de 17 anos caminhar e o estado de decrepitude por conta da velhice que ele se encontra, ao mesmo tempo me recordei que não há tanto tempo atrás seu estado era completamente diferente,  jovem, vivaz... Ao mesmo tempo me lembrei de rostos de pessoas de terceira idade em que eu havia tido contato pela manhã, cada rostinho me veio à mente e percebi naquele momento a impermanência de tudo, apenas pedi pela limpeza... Pois, acredito que isto como tudo que faz parte de meu mundo, fui eu que criei... No final da tarde, ao parar para um repouso de atendimentos, deparo-me com O Desaparecimento do Universo e aleatoriamente abro uma página, exatamente está que aqui coloquei... Sou grata. Sou grata. Sou grata.

Lena Rodriguez
www.cuidebemdevoce.com

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