25 de dezembro de 2010

A Água . . .

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*A água vai pelo caminho mais fácil

Os mestres dizem: "A água vai pelo caminho mais fácil". Quando vemos um filete de água no quintal ou o curso do rio numa paisagem, é fácil “entender" esta frase. Mas quantos de nós paramos para pensar sobre essa realidade antes de ter lido ou ouvido estas palavras? Que a água vai pelo caminho mais fácil é um fato tão natural e óbvio que não paramos para pensar sobre o que isso significa. Quando observamos nossos próprios comportamentos, temos impressão que gostamos de complicar tudo. Para os sábios orientais, qualquer coisa que exija esforço demais, não é natural. Ou as coisas acontecem naturalmente, sem desgastes, ou a pessoa está atrás de alguma coisa que não corresponde às possibilidades do momento. Se existe esforço excessivo a pessoa pode estar tomada pelo desejo e pela obstinação. E, muitas vezes, para conquistar o objeto de desejo, ela acaba tendo atitudes insensatas como ir pelo caminho de maior atrito e de maior dificuldade. Tudo funciona melhor quando existe afinidade entre os elementos. Numa relação afetiva, na amizade, nas parcerias de trabalho, na ascensão profissional, as coisas funcionam dessa forma. Quando uma pessoa gosta do do que faz, é mais fácil progredir. Não há esforço, tudo é gratificante. Quando as pessoas são afins, não há formalidades. As coisas fluem. Não é esforço nenhum para a água descer um terreno em declive e pelos caminhos abertos.

*A água não briga com os obstáculos

Quando a água encontra uma pedra pelo caminho, não fica histérica. Ela não fica lá, parada, dedo em riste, dando aulas de boas maneiras, nem xingando a mãe da pedra. Não vê vantagem nenhuma em perder tempo e energia por causa de um incidente tão sem importância. Existem inúmeras situações no cotidiano - quase todas - que são bobagens, simples pedras de rio. Acontecem muitos incidentes em casa, no trabalho, no trânsito, na escola, no hotel, no restaurante, no cinema, mas poucas situações merecem aborrecimento e atitudes drásticas. Em vez de pensar em coisas pequenas, é melhor nos concentrarmos em coisas importantes. A água do rio vai para o mar, para o grande. É para isso que ela está no fluxo. É isso que importa. O resto são percalços naturais do curso. Tanto quanto o rio tem o propósito de levar suas águas para o mar, nós também temos uma missão de vida a cumprir. Se ficarmos enroscados em cada um dos pequenos aborrecimentos do dia-a-dia, isso só vai envenenar nossa vida. Há um consumo grande de tempo e energia quando nos irritamos e brigamos com as pessoas. Não vale a pena. Se fluirmos como um rio, não haverá nenhum desperdício, nenhuma perda. Nenhuma pedra. Ao contrário, ao fluir, nos sentiremos gratificados e felizes por estar cada vez mais perto da nossa verdadeira natureza e da nossa missão. Sabedoria é agir com suavidade, com diplomacia e não brigar com os obstáculos.

*A água se acumula até achar a borda mais baixa

Ao deparar com um buraco, a água se precipita até o fundo. Se não encontrar saída, ela se acumula e preenche o fosso. À medida que se acumula o nível da água se eleva até encontrar uma borda baixa. Assim, ela sai do buraco e continua seu fluxo. Numa transposição dessa situação para a vida humana, podemos fazer muitas reflexões. A frase "Quando a água cai num fosso, ela se acumula até encontrar a borda mais baixa" pode ser reinterpretada da seguinte forma: "Quando uma pessoa sábia (água) depara-se com uma situação de dificuldade (fosso), ela se interioriza (acumula-se) até que naturalmente encontra a saída mais fácil (borda mais baixa)”. Numa a situação complicada em que não existe solução imediata, o sábio também se acumula, isto é, volta-se para dentro de si em busca de recursos interiores. Faz da adversidade uma oportunidade para ficar quieto, para meditar como está conduzindo seus ideais, quais são seus valores mais importantes e qual é o sentido da sua existência. A água não se agita no fundo do fosso. Ela não fica enlouquecida, não “sobe pelas paredes". Não é da sua natureza a água subir pelas paredes. Ela fica quieta, não gasta energia com nada, apenas se acumula tranqüilamente e espera que a situação apresente uma saída. A água sabe que tudo flui e que é preciso preencher as depressões que encontrar pelo caminho e seguir em frente. Enquanto estiver fluindo, nada barra seu curso. Quando o sábio observa o comportamento da água percebe que a calma e a confiança na vida são essenciais para se encontrar a saída mais fácil - e mais facilmente.

*O que mantém a vida da água é o fluxo

Os mestres taxistas perceberam que tudo na vida é fluxo, tal qual a água. Se a vida é mutação, ciclo e impermanência, então a vida só poderia ser fluxo. Ou ainda, a vida só se mantém por causa do fluxo. "Fluir" não quer dizer apenas "correr", "se deixar levar", "tocar em frente", "continuar a vida". Fluxo também é isso, mas é muito mais do que isso. Fluxo é entrar e sair. É circular, fazer um ciclo, beneficiar. É aproveitar o que é necessário e eliminar o que não serve mais. Como na digestão. A vida precisa fluir. Assim como a retenção de água no organismo causa problemas à saúde, a retenção de valores, idéias, conceitos, sentimentos negativos, apegos e ilusões, também fazem mal para nossa saúde psicológica. O fluxo é necessário não só para abrir espaço para o novo, mas também para que todas as coisas à nossa volta sejam beneficiadas. Permitir o fluxo é beneficiar. Impedir o fluxo é prejudicar, é sinal de egoísmo, de apego. Se represarmos um riacho para ter água apenas na nossa propriedade, prejudicaremos a vida de tudo e de todos que vivem rio abaixo. O fluxo da água ensina que precisamos ser desprendidos. Precisamos ter uma postura de desapego tanto para as coisas boas como a sorte e a riqueza, quanto para as coisas ruins como os ressentimentos e a tristeza. Porque tudo é mutável e impermanente. Porque tudo na vida, como a água, é fluxo.

*O oceano é grande porque fica no lugar mais baixo

Ao perceberem que o oceano é grande porque ocupa a posição mais baixa, os taxistas chegaram à conclusão que só é grande aquele que é humilde. A água não se esforça para ficar nos lugares mais altos.A água é o melhor exemplo do que significa servir. Ela irriga a terra, alimenta as plantas e os animais, serve de habitat para peixes e outras criaturas, embeleza os céus com as nuvens, serve como base líquida do sangue e das secreções. Tudo isto em silêncio, com humildade. A missão da água é servir. Assim como a água, os antigos sábios também se viam como canais, como veículos de transmissão da sabedoria que haviam aprendido com seus mestres e com a Natureza. Sabiam que eles eram apenas instrumentos da Natureza e que só existe uma única missão nesta vida: servir. Era nesta humildade que estava (e está) a grandeza dos sábios. Podemos trabalhar em qualquer atividade, mas a missão será sempre a mesma: servir. E servir significa beneficiar, usar nosso talento e nossos conhecimentos para colaborar para o desenvolvimento da humanidade. O tirano subjuga a população, o verdadeiro estadista serve ao povo. O arrogante é pequeno porque só quer vantagens pessoais, o sábio é grande porque é humilde e deseja o bem de todos. Esta é uma das mais belas lições morais que os chineses aprenderam com a água.

*Existe uma única água no mundo

A água que hoje alimenta e beneficia tudo o que existe na Terra é a mesma desde a sua formação. Ao beber um copo de água, não se bebe apenas água. Bebe-se todas as memórias da água e toda a história do planeta. A água que bebemos hoje já foi chuva, rio e oceano. Já foi gelo da Era Glacial, sangue do Homem de Neanderthal e lavou as mãos de Pôncio Pilatos. A percepção do ciclo da água levaram os chineses à idéia de unicidade,e, como conseqüência, a um sentimento de reverência. A água, para eles, não é só sábia, mas, especialmente, sagrada. Como tudo. Para os sábios, assim como a água é uma só, tudo no mundo é uma coisa só. E tudo é sagrado. A unicidade da água mostra que nada está isolado, nada está fora do todo e tudo forma uma única realidade. Nada é imprestável ou sem função. A nuvem, o rio, a neve, a transpiração, a lágrima, a chuva, todas as manifestações da água têm função. Em essência, nada e ninguém é melhor do que outra coisa ou outra pessoa. Tudo e todos merecem o mesmo respeito, a mesma reverência. A partir da unicidade, os sábios orientais desenvolveram o conceito de compaixão. A água nos mostra a ligação de todas as coisas, que todos os fenômenos são a manifestação de uma coisa só, de uma coisa que é sagrada,transcendente.

*Texto retirado do Livro: A Sabedoria da Natureza/Roberto Otsu


A filosofia oriental sempre me fascinou pela percepção que este povo antigo trás da observação da natureza... Povos ocidentais como os vermonteses, nesse imperdível livro, através do Dr. Jarvis notável e sensível médico, que também contribuiu deixando impresso sábias observações de um povo, em um contexto físico...

De todos os elementos, realmente a água, fluir como a água - não nadar, pois nadando estaríamos ego/memórias > lutando... Fluir é um estado de consciência desperta, onde aceitamos, confiamos e entregamos... Em outras palavras, também de sábias filosofias orientais, "fazemos sem fazer"... Quando pratico Ho'oponopono, faço sem fazer... Flúo com o momento, apenas pedindo a limpeza das memórias que me são apresentadas, flúo como a humildade da água, pois já não tenho a menor dúvida de que eu ego/Lena nada faz, porém o Amor que Ama em mim FAZ e de forma surpreendente, apenas deixar Deus fazer...

Posso assegurar que nos rendendo conta da simplicidade que está ao nosso dispor, nossa experiência humana no contexto como um todo, fica bem mais fácil, pois tudo é absolutamente simples e somente com a prática pode atestar!

Lena Rodriguez

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23 de dezembro de 2010

Vivências no Portal

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by Alexander McAllister

Estou respondendo a pedidos que tenho recebido sobre as vivências.

Em função desse período que estamos iniciando, de novas vivências no Portal, temos percepções cada vez mais claras do que é O Portal, o quanto ele realça, torna mais interessante a experiência de todos nós; a vida.

Nâo vou elaborar muito porque não é necessário, mas o que escrevo aqui será reconhecido por todos, mesmo sem o conhecimento de terminologias.

Quando crianças nós tinhamos a espontaneidade que pesquisas científicas demonstram ser característica da frequência de onda cerebral Teta, funcionávamos percebendo o mundo através dos sentidos, da experiência no presente. Ao chegarmos aos 7 anos de idade começa a ser imposto o padrão do uso do racional. Isso se dá pela educação, diminuindo cada vez mais o interesse da criança pelo experiencial, pelo processo de querer saber mais em si, e valorizando o acúmulo de "conhecimento", as crenças.

Essa diminuição de interesse pelo vivencial ocorre porque o sistema de crença é absolutista, ele favorece o poder aprisonante, mas seguro, do dogma. Pessoas com crenças tendem a dizer "isso é assim", em vez de "assim é a maneira como eu percebo isso".

Ao aceitarnos (por uma imposição) ver o mundo desse jeito desenvolvemos a razão e o raciocínio para racionalmente seguirmos as crenças da sociedade. O raciocínio é uma faculdade do ser humano, mas ao nos identificarmos com as crenças que o utiliza (memórias) perdemos a capacidade de expressar algo diferente, original, através da nossa espontaneidade criativa natural, deixamos de confiar na intuição. Nessa fase após os 7 anos de idade é quando começamos a sentir e interpretar somente nas frequências de onda Beta, o âmbito do funcionamento do racional, poucas vezes chegando no Alfa. Perde-se com isso o sentido e o gosto pela descoberta, perde-se a coragem e vontade de mudar, fortalecendo somente os padrões aceitos, repetidos, confortáveis e conhecidos. Há vários depoimentos sobre esse estado nesse fórum, da Marcia, da Lena, exemplificando como elas transpuseram esse patamar de estagnação.

O que o Portal tem me proporcionado esses anos é a oportunidade de pelo contraste do que parece que é, e o que acho que é, ver o que realmente é.

Aí é que jaz a tão falada responsabilidade no Ho'oponopono. Não há necessidade de negar, julgar, condenar o sistema de crença de alguém. Mas existe a responsabilidade de cada pessoa agir conforme a sua descoberta pessoal. É o pedir a limpeza ao sentir, observar, descobrir a interferência da consequência de crenças interiores, veladas, julgando.

No Portal, nos recuperamos na frequência de onda cerebral Teta de nossa infância, e ao fazermos isso percebemos claramente o realinhamento com essa vibração irradiante da Fonte. É o presencial, o reconhecimento do vivenciado não como "ouvi dizer, ou li assim", e sim como "eu estou vivendo isso". Na medida que essa vibração aumenta, a irradiação se amplia, amplia também a espontaneidade, se desfazem os sistemas de crenças limitantes arraigados, o que tráz ao corpo uma série de benefícios, o principal sendo a restauração da saúde. O Portal é a restauração da saúde, pois nos dá acesso ao nosso padrão original de Ser.

O mais difícil para as pessoas nas vivências é o abrir mão da bagagem (intelectual), por mais suave e gentil que seja o processo. Pois é o processo do reencontro com o amor por si próprio.

Compreenda que no Portal você está recebendo informação que está bem além dos seus sistemas de crenças atuais. É como se fosse um "dowload" de Inspiração direto da Mente Supraconsciente, do seu Eu Superior. Por isso muitas vezes há um descarte generalizado do que antes achávamos ser importante para nós... por nos definir como pessoa tal.

Esse reencontro com essa Força é possível sim, por isso as vivências com a subida no presencial. Quem puder participar, compartilhar, temos várias datas sendo disponibilizadas e em diversos lugares. Estamos aguardando Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Fortaleza, e Salvador, no momento. Veja aqui.

Sou grato.

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Lena Rodriguez
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16 de dezembro de 2010

A árvore confusa...


Era uma vez, em algum lugar poderia ser qualquer lugar, e ao mesmo tempo poderia ser qualquer momento, um belo jardim, com maçãs, laranjas, pêras e lindas rosas, todas felizes e satisfeitas. Tudo era alegria no jardim, com exceção de uma árvore profundamente triste.

A pobrezinha tinha um problema: Não sabia quem ela era.

O que você precisa é concentração, disse-lhe a maçã, se você realmente tentar, você pode ter maçãs saborosas. Veja é fácil..

Não dê ouvidos, disse-lhe a rosa. É mais fácil ter rosas e veja como elas são lindas?

E a árvore desesperada, tentava tudo que lhe sugeriam e como não conseguia ser como os outros, sentia-se cada vez mais frustrada.

Um dia entrou no jardim uma Coruja, o mais sábio dos pássaros e vendo o desespero da árvore, disse-lhe:

- Não se preocupe, o problema não é tão grave, é o mesmo que muitos seres na Terra têm. Vou lhe dar a solução.

Não se dedique a ser o que os outros quer que você seja. Seja você mesma, conheça a si mesma e para conseguir ouça sua voz interior. E com isso, a coruja desapareceu.

Minha voz interior ...? Ser eu mesma ...? Conhecer-me ...?, perguntava-se a árvore desesperada, quando de repente, ela percebeu. Fechando os olhos e ouvidos, abriu o coração e finalmente foi capaz de ouvir a sua voz interior dizendo-lhe: - Você nunca dará maçãs porque você não é uma macieira, nem irá florescer a cada primavera, porque não é uma roseira. Você é um carvalho, e seu destino é crescer grande e majestoso. Forneça abrigo para os pássaros, sombra para os viajantes, beleza à paisagem ... Você tem uma missão, cumpra-a. E a árvore se sentiu forte e confiante e preparada para ser tudo aquilo para o qual foi destinada.

Assim, logo encheu o espaço e era admirada e respeitada por todos. E só então o jardim foi completamente feliz.

E você ... Permite deixar crescer o carvalho que há em você?

Na vida, todo mundo tem um destino a cumprir, um espaço para preencher. Não deixe que nada, nem ninguém lhe impeça de conhecer e compartilhar a maravilhosa essência do seu ser!

Daisaku Ikeda

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Lena Rodriguez - WWW.CUIDEBEMDEVOCE.COM

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