27 de abril de 2012

CULPA = MEDO

Quadrinho do livro: O universo é um sonho

Em nosso reservatório de memórias = Mente Subconsciente, a - culpa -, é a crença no pecado de que realmente nos separamos de Deus. A culpa é a experiência ATUAL de acreditarmos ter pecado.

CULPA = MEDO, é a crença de que Deus vai nos punir pelo nosso pecado – fazendo a NÓS o que acreditamos ter feito a Ele.

Como acreditamos que estamos separados e nos tornamos nosso próprio autor = EGO..... projetamos a  CULPA em NÓS = o OUTRO, uma maneira (única que o ego conhece) e FAZ com sua insana crença de culpa.

Quando escolhemos o PERDÃO ao invés do medo, somos UM com o outro(s) e com Deus. Na unicidade onde não existem diferenças, nossas criações são amorosas, alegres, prazerosas = CÉU/PAZ.

Ao procurarmos estar DESPERTOS, unidos ao EU/Espírito Santo o Instante Santo = momento PRESENTE, criamos com Deus. 

PERDÃO = NOVA PERCEPÇÃO

“O perdão reconhece que o que pensaste que teu irmão fez a ti não ocorreu. Ele não perdoa pecados tornando-os reais. Ele vê que não há pecado. E, nesse modo de ver, todos os teus pecados são perdoados. O que é o pecado senão uma idéia falsa sobre o Filho de Deus? O perdão simplesmente vê a sua falsidade e, portanto, a abandona. A Vontade de Deus passa, então, a ser livre para ocupar agora o espaço que lhe é devido.”[UCEM]

Nisso reside a Verdadeira Paz!

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22 de abril de 2012

A ESCOLHA É SUA



 Um lindo, didático e divertido PPS do Sérgio Condé!






































































18 de abril de 2012

Além do ego: nossa Verdadeira Identidade


Quando o ego está em guerra, saiba que isso não passa de uma ilusão que está lutando para sobreviver. Essa ilusão pensa ser nós. A princípio, não é fácil estarmos lá como testemunhas, no estado de presença, sobretudo quando o ego se encontra nessa situação ou quando um padrão emocional do passado é ativado. No entanto, depois que sentimos o gosto dessa experiência, nosso poder de atingir o estado de presença começa a crescer e o ego perde o domínio que tem sobre nós. E, assim, chega à nossa vida um poder que é muito maior do que o ego, maior do que a mente. Tudo de que precisamos para nos livrar do ego é estarmos conscientes dele, uma vez que ele e a consciência são incompatíveis. A consciência é o poder oculto dentro do momento presente. É por isso que podemos chamá-la de presença. O propósito supremo da existência humana, isto é, de cada um de nós, é trazer esse poder ao mundo. E é também por isso que nossa libertação do ego não pode ser transformada numa meta a ser atingida em algum ponto no futuro. Somente a presença é capaz de nos libertar dele, pois só podemos estar presentes agora - e não ontem nem amanhã. Apenas ela consegue desfazer o passado em nós e assim transformar nosso estado de consciência.

O que é a compreensão da espiritualidade? A crença de que somos espíritos? Não, isso é um pensamento. De fato, ele está um pouco mais próximo da verdade do que a idéia de que somos a pessoa descrita na nossa certidão de nascimento, mas, ainda assim, é um pensamento. A compreensão da espiritualidade é ver com clareza que o que nós percebemos, vivenciamos, pensamos ou sentimos não é, em última análise, quem somos, que não podemos nos encontrar em todas essas coisas, que são transitórias e se acabam continuamente. E provável que Buda tenha sido o primeiro ser humano a entender isso, e dessa maneira anata (a noção do não-eu) se tornou um dos pontos centrais dos seus ensinamentos. E, quando Jesus disse "Negue-se a si mesmo", sua intenção era afirmar: negue (e assim desfaça) a ilusão do eu. Se o eu - o ego - fosse de fato quem somos, seria um absurdo "negá-lo". O que permanece é a luz da consciência, sob a qual percepções, sensações, pensamentos e sentimentos vêm e vão. Isso é o Ser, o mais profundo e verdadeiro eu. Quando sabemos que somos isso, qualquer coisa que ocorra na nossa vida deixa de ter importância absoluta para adquirir importância apenas relativa. Respeitamos os acontecimentos, mas eles perdem sua seriedade plena, seu peso. A única coisa que faz diferença realmente é isto: podemos sentir nosso Ser essencial, o "eu sou", como o pano de fundo da nossa vida o tempo todo? Para ser mais exato, conseguimos sentir o "eu sou" que somos neste momento? Somos capazes de sentir nossa identidade essencial como consciência propriamente dita? Ou estamos nos perdendo no que acontece, na mente, no mundo? (Eckhart Tolle > trecho do livro: O despertar — de uma nova — consciência)
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9 de abril de 2012

Experimentar para entender que - não somos vítimas...


  • Fossem lembranças recentes ou distantes, eu podia ver que meu ego tinha uma lista infindável de memórias ruins entre as quais eu podia escolher para me proteger contra a possibilidade da felicidade atual. Quer eu me lamentasse pelas minhas próprias ações ou ficasse ressentido com os outros pelas suas, as memórias amargas podiam aparecer quando eu menos esperava. O ego realmente não queria que eu ficasse feliz, e agora era minha vocação trazer minhas ilusões à verdade. O Espírito Santo era a verdade, e Ele estava mais do que preparado para descartar os julgamentos que eu tinha construído contra mim mesmo ou contra qualquer um de meus irmãos e irmãs (Renard,pag.259)
     
...Começamos a nos atentar para o fato de que não é possível ver um mundo de amor e alegria. Um ínfimo pensamento de medo, rancor ou ciúme desencadeia muitos outros pensamentos de mesmo valor emocional, dos quais, na grande maioria das vezes, não estamos conscientes. Isso então desencadeia situações de medo, rancor e ciúmes, em qualquer patamar, em circunstâncias aparentemente diferentes ou até desconectadas.

... Você começa a entender que não é uma vítima do destino, trilhando um caminho pré-estabelecido. Acreditar nessa verdade não é suficiente. A experiência é fundamental porque mesmo que uma ideia seja coerente para você, somente uma mudança efetiva do padrão de pensamento é que alterará sua percepção dos acontecimentos ao seu redor.
  • Esta é a única coisa que precisas fazer pela visão, pela felicidade, para ficares livres da dor e escapares completamente do pecado: para que tudo isso seja dado. Dize apenas isso, mas dize-o com convicção e sem reservas, pois aqui está o poder da salvação:
Eu sou responsável pelo que vejo.
Eu escolho os sentimentos que experimento e
eu decido quanto à meta que quero alcançar.
E todas as coisas que parecem me acontecer
eu as peço e as recebo conforme pedi.

Não enganes mais a ti mesmo pensando que é impotente diante do que é feito a ti. Apenas reconhece que tens estado equivocado e todos os efeitos dos teus equívocos desaparecerão (UCEM-T-21.II.2)

Assumir a responsabilidade por tudo o que nos acontece é realmente reassumir o próprio poder: ninguém é mais ou menos forte do que qualquer um de nós. (Trechos do livro: Um guia para o perdão)



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8 de abril de 2012

Páscoa > Ressurreição > despertando do sonho da morte

JESUS: o propósito da sua vida
Eu acho que é importante falar agora de Jesus porque todas as pessoas parecem ter problemas com ele por algumas das razões que mencionei anteriormente.Tendo crescido nesse mundo, seja como cristão ou como judeu, a noção que a pessoa tem de Jesus não pode deixar de ser distorcida. Em Um Curso em Milagres, ele quer endireitar as coisas. Ele quer que as pessoas o vejam como um irmão amoroso ao invés de um irmão no julgamento, na morte, na culpa e no sofrimento, ou ainda um irmão não existente. Foi por isso que o Curso veio como veio e é também por isso que Jesus torna bem claro que ele é o autor. Deixem-me dizer-lhes primeiro como Jesus descreve a mesmo e qual é o propósito da sua vida.

Um dos conceitos mais importantes em Um Curso em Milagres é o de causa e efeito. É uma forma útil ao considerarmos toda a idéia do perdão e especialmente ao olharmos para a missão de Jesus e como ele a realizou. A própria natureza da idéia de causa e efeito é tal que não podemos ter uma sem a outra. O que estabelece que algo é uma causa é que conduz a efeitos. E o que estabelece algo como um efeito é ter vindo de uma causa.

Uma das minhas frases favoritas no Curso parece quase incompreensível. Ela diz: “A causa torna-se causa devido a seus efeitos” (T-28.II.l:2). Essa é uma forma poética de dizer que a causa se faz causa pelos seus efeitos. Assim, o que estabelece algo como uma causa é que ela tem efeitos. Do mesmo modo, o que estabelece algo como um efeito é que ele tem uma causa. Esse é um princípio fundamental desse mundo e também do Céu. Deus é a Primeira Causa e o Efeito é Seu Filho. Deus é a Causa que estabeleceu Seu Filho como o Efeito. E como um Efeito de Deus, nós estabelecemos Deus como o Criador ou o Pai.

O princípio também funciona neste mundo, de tal modo que toda ação tem uma reação. O que isso também significa é que se algo não é uma causa não pode existir nesse mundo. Tudo nesse mundo tem que ter um efeito, de outro modo não existiria. Toda ação tem que ter uma reação: esse é um princípio fundamental da física. Se algo existe, terá um efeito em alguma outra coisa. Portanto, tudo o que existe nesse mundo será uma causa e terá um efeito, e é esse efeito que estabelece a causa. Certo? Compreender esse princípio é muito importante porque podemos então usá-lo como uma fórmula abstrata e nos ligarmos nisso.

Vamos recordar a estória bíblica do pecado original. Quando Deus pegou Adão e Eva e os puniu, Ele expressou a punição dentro de um contexto causal. Ele disse: “Porque vocês fizeram isso, é isso que vai acontecer. Porque vocês pecaram, o efeito do seu pecado será uma vida de sofrimento.” O pecado, portanto, é a causa de todo o sofrimento desse mundo, O pecado da separação, que deu origem ao ego, dá lugar ao seu efeito: uma vida de sofrimento, dor e eventualmente morte.

Tudo o que conhecemos nesse mundo é o efeito da nossa crença no pecado. O pecado, portanto, é a causa, do qual a dor, o sofrimento e a morte são o efeito. São Paulo fez uma frase brilhante quando disse: “O salário do pecado é a morte.” (Isso também é citado no Curso [T-19.II.3:6].) Ele estava dizendo exatamente a mesma coisa. O pecado é a causa, e a morte é o efeito. Não há nenhuma testemunha mais poderosa da realidade do mundo separado do que a morte. Esse é um tema proeminente no Curso.

Assim a morte vem a ser a prova definitiva de que o pecado é real. A morte é o efeito do pecado, que é a causa. Se nós agora tentamos seguir o pensamento do Espírito Santo e queremos provar que esse mundo não é real e que o pecado da separação nunca aconteceu, tudo o que é necessário é provar que o pecado não tem efeito. Se pudéssemos provar que a causa não tem efeito, então a causa não pode mais existir. Se alguma coisa não é uma causa, essa coisa não é real. Tudo o que é real tem que ser uma causa e, portanto, ter um efeito. Se removemos o efeito estamos também eliminando a causa.

Agora, se o maior efeito do pecado nesse mundo é a morte, ao demonstrar que a morte é uma ilusão estamos demonstrando simultaneamente que não há nenhuma separação, que a separação nunca ocorreu, e que a única realidade, a única Causa verdadeira é Deus. Essa pessoa foi Jesus. E a sua missão era nos mostrar que a morte não existe.

O princípio de causa e efeito é resumido da seguinte forma: No Céu Deus é a causa do Filho, ou seja, do Cristo e no Mundo o pecado é a causa do sofrimento, da doença e da morte.

Os evangelhos falam de Jesus como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Ele fez isso demonstrando que os pecados não tinham nenhum efeito. Vencendo a morte, ele nos livrou de todos os pecados. Contudo, essa não foi a forma das igrejas compreenderem isso, ou o que nos foi ensinado. Assim, uma das razões importantes do Curso ter vindo nesse momento, desse modo, é a correção desse erro. O que Jesus fez foi viver nesse mundo—o mundo do sofrimento, do pecado, e da morte—e demonstrar que tudo isso não tinha efeito sobre ele.

Um Curso em Milagres se baseia na compreensão de que a ressurreição de Jesus, de fato, ocorreu. Estritamente falando, a ressurreição é apenas o despertar do sonho da morte. Portanto, só diz respeito à mente e não ao corpo. Mas fiel ao seu uso da linguagem tradicional cristã, o Curso freqüentemente emprega o termo ‘ressurreição’ da forma que corresponde à compreensão tradicional. Jesus disse: “Não ensines que eu morri em vão. Ensina, em vez disso, que eu não morri, demonstrando que eu vivo em ti” (T-11.VI.7:3-4). Ele diz a mesma coisa muitas vezes de modos diferentes. O ponto crucial que devemos compreender é que a morte não existe, porque se a morte é real, todas as formas de sofrimento são reais e Deus está morto. Além disso, se o pecado é real, significa que uma parte de Deus se separou de Deus, o que quer dizer que Deus não pode existir. Deus e Seu Filho não podem estar separados.

Assim, Jesus pegou a testemunha mais convincente da realidade desse mundo e mostrou que ela não tinha poderes sobre ele. Esse é todo o significado de sua vida, sua missão, e sua função. Vencer a morte é mostrar que a morte não é real, que a sua causa aparente também não é real, portanto, nós nunca nos separamos de nosso Pai. Esse é o desfazer da separação, O Curso fala do Espírito Santo como o princípio da Expiação. No momento que a separação pareceu ocorrer, Deus colocou o Espírito Santo em nós, o que desfez a separação. Esse é o princípio, mas o princípio tinha que ser manifestado no mundo. E Jesus foi aquele que manifestou o principio da Expiação através da sua própria vida, sua morte e sua ressurreição.

Mais uma vez, para nos beneficiarmos com Um Curso em Milagres não é necessário que acreditemos em Jesus como nosso salvador pessoal, nosso Senhor, ou sejam quais forem as palavras que possamos escolher. Contudo, em algum nível, temos que aceitar o fato de que a ressurreição é algo que poderia ter acontecido, mesmo que não acreditemos em Jesus. Em última instância, não podemos aceitar o Curso, a menos que também aceitemos o fato de que a morte é uma ilusão. Não precisamos fazer isso de imediato, e não temos que integrar isso completamente em nossas vidas, porque no momento em que o fizermos, não estaremos mais aqui. Essa é a meta. Mas, como uma idéia intelectual, temos que reconhecê-la como uma parte essencial de todo o sistema.

P: Quando você diz que não estaremos mais aqui, quer dizer que vamos morrer?

R: Bem, de fato, quer dizer que nós não precisamos estar aqui para a nossa própria Expiação; eventualmente teremos servido ao propósito de estarmos aqui. Quando tivermos realizado esse propósito, podemos deixar esse corpo e voltar para Casa. Esse é um pensamento bom, não uma coisa ruim como usualmente o consideramos.

Esse princípio de causa e efeito também funciona em termos de perdão e Jesus nos oferece algumas das melhores demonstrações disso. Pensem mais uma vez naquele exemplo no qual eu estou sentado aqui e vem alguém e me ataca. Se eu não estiver na minha mente certa, verei essa pessoa como a causa do meu sofrimento. O meu sofrimento, portanto, será o efeito do pecado daquela pessoa. A minha reação como alguém que foi ferido, reforçará o fato de que essa pessoa pecou. Se eu estiver na minha mente certa, darei a outra face, o que nesse sentido significa demonstrar para aquela pessoa que o seu pecado contra mim não teve nenhum efeito porque eu não fui ferido. Cancelando o efeito, estou também cancelando a causa. Isso é o verdadeiro perdão.

Jesus nos deu esse exemplo, não só através da sua ressurreição, mas em várias ações no fim da sua vida. Isso é apresentado em um subtítulo que tem muita força no texto chamado “A mensagem da crucificação” (T-6.I). As pessoas estavam atacando Jesus, humilhando-o, zombando dele, insultando-o e finalmente o mataram. Pecando contra ele, pareciam estar causando o seu sofrimento. O fato de Jesus não os atacar de volta, mas continuar amando-os e perdoando-os, foi a sua forma de dizer que seu pecado contra ele não tinha qualquer efeito, portanto, eles não haviam pecado. Tinham apenas cometido um erro. Tinham meramente pedido ajuda. E foi assim que Jesus perdoou os nossos pecados, não apenas durante a sua vida, mas certamente em sua ressurreição. A sua ressurreição dizia claramente que o pecado que o mundo havia cometido ao assassiná-lo não havia tido efeito. Ele ainda está conosco, portanto, eles não podiam tê-lo morto, o que significa que não pecaram.

Apenas olharam para o seu ‘pecado’ de modo errado. Esse é o plano de perdão do Espírito Santo descrito pelo Curso. Você desfaz a causa mostrando que ela não teve efeito algum.

A coisa mais difícil em todo o mundo é responder ao ataque com perdão. No entanto, é essa a única coisa que Deus nos pede. E também a única coisa que Jesus nos pede. E, o que é bonito, ele não apenas nos deu o exemplo perfeito de como isso deve ser feito, mas permaneceu dentro de nós para ajudar-nos a fazer a mesma coisa. Não é possível respondermos assim aos ataques do mundo se não soubermos que há alguém dentro de nós que nos protege, nos ama e nos consola, pedindo que compartilhemos o seu amor com a pessoa que nos está atacando. Não podemos fazer isso sem a sua ajuda. E esse é o apelo que Jesus faz uma e outra vez em Um Curso em Milagres—que aceitemos a sua ajuda para perdoarmos.

P: Assim, isso significa que quando perdoamos verdadeiramente uma outra pessoa depois de termos sido atacados, não é o nosso ego que perdoa, mas nós nos ‘tornamos’ a manifestação do Espírito Santo e é Ele que perdoa?

R: É. Quando Jesus diz no Curso que ele é a manifestação do Espírito Santo, quer dizer que ele não tem nenhuma outra Voz. O Espírito Santo é descrito como a Voz por Deus. Deus não tem duas vozes. Jesus não tem mais ego, portanto, a única outra Voz disponível para ele é a do Espírito Santo, e ele é a manifestação Disso. Na medida em que podemos nos identificar com ele, e nos unir a ele para compartilharmos a sua percepção do mundo (a visão de Cristo), nós também nos tornamos manifestações do Espírito Santo, e a nossa voz será a Sua Voz. Assim, toda a vez que abrirmos a nossa boca para falar, será a Sua Voz que será ouvida. E é realmente isso que Jesus nos pede.

Uma das frases mais bonitas no Curso é a introdução à quinta revisão no livro de exercícios (L-pI.rV.9:2-3). Esse é um dos poucos lugares no Curso em que Jesus fala de si mesmo. Parafraseando, a passagem seria: “Eu preciso dos teus olhos, das tuas mãos, dos teus pés. Preciso da tua voz através da qual eu salvo o mundo.” Isso significa que sem a nossa ajuda, ele não pode salvar o mundo. E isso que ele quer dizer no texto quando diz: “Preciso de ti tanto quanto precisas de mim” (T-8.V.6:1O). A Sua Voz não pode ser ouvida no mundo a menos que venha através de nós, porque ninguém pode escutá-la de outro modo. Ela tem que vir através de formas e corpos específicos nesse mundo para que outros corpos possam ouvi-la. De outro modo, será sempre uma abstração simbólica que significa muito pouco. Ele precisa que deixemos o nosso ego de lado o suficiente para que ele possa falar através de nós. Existe uma oração maravilhosa do cardeal Newman que termina assim: “E, ao olharem para cima, que eles não vejam a mim, mas só Jesus.” Quando as pessoas nos ouvem falar, que elas não ouçam as nossas palavras, mas só as dele.

Não é necessário uma identificação pessoal com Jesus como uma pessoa histórica, alguém que foi crucificado e “ressurgiu dos mortos”. Nem sequer é necessário que nos identifiquemos com ele como o autor do Curso ou como nosso professor. Contudo, é necessário perdoá-lo. Se não o fizermos, estamos guardando algo contra ele, que estamos realmente guardando contra nós mesmos. Ele não pede que o tomemos como nosso professor pessoal. Ele pede apenas que olhemos para ele de um modo diferente e não o responsabilizemos pelo que outras pessoas fizeram dele. Em um certo ponto no Curso, o Espírito Santo diz: “Alguns ídolos amargos foram feitos dele que apenas queria ser um irmão para o mundo” (E-5.5:7). Assim como Freud disse: “Eu não sou um freudiano,” Jesus poderia dizer: “Eu não sou um cristão”. Nietzsche disse que o último cristão morreu na cruz, o que infelizmente é provável que seja verdade.

Resumindo, podemos recordar as palavras de Jesus em Um Curso em Milagres, que o tomemos como nosso modelo para aprendermos (T-5.II.9:6-7; 12:1-3; T-6.in.2:1; T-6.I.7:2; 8:6-7). Isso certamente não significa que precisamos ser crucificados como ele foi, mas que nos identifiquemos com o significado da sua morte; o que quer dizer que quando formos tentados a nos sentirmos mal tratados, as vítimas inocentes do que o mundo fez a nós, devemos recordar o exemplo de Jesus e pedir a sua ajuda. Aos olhos do mundo, ele era sem dúvida alguma uma vítima inocente, contudo, essa não foi uma percepção compartilhada por ele. Portanto, ele nos pede, usualmente em condições muito menos extremas do que ele em sua vida, que nos lembremos que só podemos ser vítimas dos nossos pensamentos, e que a paz e o Amor de Deus que são a nossa verdadeira Identidade jamais serão afetados pelo que os outros fazem ou parecem fazer conosco. Essa lembrança é a base do perdão e o propósito de Um Curso em Milagres é que aprendamos isso. [Kenneth Wapnick]Link

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Julgando quem?

Nós nos sentimos perseguidos, pois temos o medo inconsciente da vingança de Deus, e julgamos sempre baseados num aprendizado passado. Olhamos para tudo e todos com opiniões formadas nesse aprendizado, nas nossas experiências. Nossos relacionamentos, portanto são baseados na desconfiança, no famoso "confiar, desconfiando.” Só há uma chance, e também uma forma de não nos desgastarmos com as mudanças que pretendemos fazer nesses aprendizados passados e viciados: entregar os julgamentos e opiniões ao Espírito Santo! Ele fala por Deus, possui Sabedoria de Deus.

Essa entrega que precisa ser treinada, torna nossas vidas muito mais leves. Julgar é o papel Dele, não o nosso. Ele faz isso sem esforço, sem desgaste e então isso nos tornará leves e felizes. No entanto, isso tem que ser experimentadoapenas na experiência podemos averiguar essa felicidade. Com a ajuda do Espírito Santo, nosso olhar apagará a ideia de dualidade, ou seja, não estaremos mais apontando características boas e ruins em cada um de nossos irmãos. Junto ao Espírito Santo, estaremos acima desses julgamentos, na não-dualidade. Obviamente, isso requer bastante treino.

Sugerimos que você comece, por exemplo, perguntando a si mesmo: “Como será que o Espírito Santo julgaria tal pessoa?”

O seu julgamento pode ser o de que ela seja arrogante, intempestiva, carente, falsa, agressiva ou malvada... Mas se você entregar essa pessoa a Ele, para que Ele a julgue, e conseguir ouvir Sua Resposta, perceberá que difere gritantemente da sua.

O Espírito Santo tem os ensinamentos de Deus “na ponta da língua”: aquele que não está estendo amor, está pedindo amor. Isso é o mesmo que dizer que aqueles nossos irmãos que estão nos atacando, estão implorando por amor.

  • “Aplicando a interpretação que o Espírito Santo faz das reações dos outros cada vez mais consistentemente, ganharás uma consciência crescente de que os Seus critérios são igualmente aplicáveis a ti. Pois reconhecer o medo não é suficiente para escapares dele, embora o reconhecimento seja necessário... Tendo ensinado a só aceitar nos outros pensamentos amorosos e a considerar todas as outras coisas como um pedido de ajuda, Ele te ensinou que o medo em si mesmo é um pedido de ajuda... Se não protegeres o medo, ele vai interpretá-lo... Pois o medo é um pedido de amor, em reconhecimento inconsciente do que foi negado.”[UCEM-T-12.I.8:1-2,7,12-13]

A dinâmica do julgamento segue a seguinte ordem: nossos julgamentos em relação aos outros são precedidos pelo julgamento de nós mesmos. Seguindo os ditames do ego, nós primeiro acreditamos que existe algo profundamente errado conosco porque produzimos e manifestamos um sonho dentro de nós, cujo conteúdo afirma: “Eu alcancei a separação do meu Criador e Fonte.” Então horrorizados pela culpa em relação a tal malfeito, nós buscamos escapar da dor, primeiro negando que ela está em nós mesmos, e depois, projetando-a, tornando alguém mais culpado daquilo de que nos acusamos. Portanto, o pensamento desonesto é nossa autoacusação, e o ato desonesto é nossa acusação e julgamento do outro. Ao darmos o veredicto de culpa ao nosso irmão, nós meramente reforçamos a culpa que primeiro tornamos real dentro de nós. Isso, inevitavelmente leva ao fim da paz. (Wapnick,2008)

(trechos de Um guia para o perdão)

__________________________

Algumas palavras...

Como Kenneth Wapnick diz abaixo, o termo Espírito Santo é descrito no UCEM de forma metafórica, ou seja, metáforas tem sempre sentido figurado, e portanto esta é a linguagem do Curso. Porém, esse elemento Sábio em todos nós, tem muitos outros nomes nas várias tradições religiosas, espíritas e metafísicas, tais como: EU Superior, Krishna, Mente Supraconsciente, assim como outros nomes citados abaixo por ele... Não tem a menor importância de como chegamos a acessar, isto não mudará Sua intrínseca Presença. (Lena Rodriguez)

(*)Espírito Santo: a Terceira Pessoa da Trindade que é metaforicamente descrita no Curso como a Resposta de Deus à separação; o Elo de Comunicação entre Deus e Seus Filhos separados, fazendo uma ponte sobre a brecha entre a Mente de Cristo e a nossa mente dividida; a memória de Deus e Seu Filho que trouxemos conosco no nosso sonho; Aquele Que vê nossas ilusões (percepção), conduzindo-nos através delas à verdade (conhecimento); a Voz por Deus, o Que fala por Ele e pelo nosso Ser real, lembrando-nos da Identidade Que esquecemos; também denominado como a Ponte, o Consolador, o Guia, o Mediador, o Professor e o Tradutor. (Introdução Básica a Um Curso Em Milagres – Kenneth Wapnick, 1993)

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