8 de abril de 2013

Aprenda a observar suas resistências, apenas isso...

24 - Estudante: Amigos do Grupo Mera, quanto mais avanço no UCEM mais tenho consciência da importância dos módulos de vocês no entendimento do Curso, “especialmente no especialismo”. Aquela parte que vocês tanto enfatizaram desde o início sobre o que vemos nos outros temos em nós, é importantíssima no processo do perdão. E o fato dessa ideia ser introduzida logo cedo, contribui muito para a sua aceitação - no início cai como uma bomba, mas depois fica tudo claríssimo. Eu entendo agora que muitas pessoas que estudam o Curso o intelectualizam demais... Sem julgamento, é o percurso delas... E entendo que, se estou percebendo isso, tenho também isso em mim, não é mesmo? Agora estou um pouco confuso: se o mundo não tem significado, porque ele me transtorna? Penso que é pelo significado que dou a ele. Até aqui, eu entendo. Então, por que a ideia não é: "Eu estou transtornado porque vejo um mundo com o significado que eu lhe dei"? E por que ficaria transtornado quando vejo coisas boas no mundo? Ouvi uma voz falando para mim: tu não entendes nada mesmo! Somente pratica a ideia de hoje sem duvidar! É o que eu vou fazer, enquanto espero por seus comentários.

 

Grupo Mera: Ficamos felizes e gratos com seus comentários sobre a importância dos módulos. Nossa intenção é sempre contribuir para facilitar um pouco a compreensão dos conceitos de UCEM porque sabemos, por experiência própria, o impacto imenso que tudo isso vai tendo sobre nós conforme avançamos.
Sim, o que vemos nos outros, inevitavelmente vimos em nós primeiro, e a tendência da maioria é intelectualizar o Curso, porque essa é uma manobra muito inteligente do ego para não absorvermos realmente seu conteúdo.
Por mais difícil que possa ser, devemos sempre voltar à introdução do livro de exercícios, onde ele diz “Lembra-te apenas disso: não precisas acreditar nas ideias, não precisas aceitá-las e não precisas nem mesmo acolhê-las bem. A algumas delas podes resistir ativamente. Nada disso importará ou diminuirá a sua eficácia. Mas não te permitas fazer exceções ao aplicar as ideias contidas no livro de exercícios e, quaisquer que sejam as tuas reações às ideias, usa-as. Nada mais do que isso é requerido”.
Confie em Jesus quando diz que com a prática e o correr das lições, tudo vai se encaixando perfeitamente nos devidos lugares. 
Uma das coisas mais “insultantes” e “ultrajantes” para o nosso ego é quando Jesus diz “Ainda estás convencido de que a tua compreensão é uma contribuição poderosa para a verdade e faz dela o que ela é.” (T-18.IV.7:5)

Mas não se preocupe com a necessidade de compreender as minúcias dos significados das lições. Aprenda a observar suas resistências, apenas isso.
Minha sugestão é que você anote em algum lugar suas impressões sobre as lições, suas dúvidas e dificuldades, e, claro, também seus insights e vitórias sobre o autoperdão (estar leve) diante dessas observações sobre si mesmo. Isso poderá ser muito útil quando você já estiver olhando para o mundo “de outra forma”. 
Ainda, quanto a esta sua indagação “E por que ficaria transtornado quando vejo coisas boas no mundo?” pensemos juntos: se aceitamos as coisas boas do mundo como reais, necessariamente aceitamos que as ruins também o são. Todo o mundo das formas faz parte do sonho – as partes boas e as ruins. Não podemos separá-las, uma só “existe” se a outra também “existir”. É por isso que manter pensamentos positivos não nos trará paz, pelo menos não a paz inabalável que o Curso propõe. Essa paz só pode vir da aceitação (que é conseguida aos poucos, com treino) sobre o mundo real não ser dualístico, e sobre a aceitação de que estamos sendo guiados pelo Professor que Deus nos enviou para que encontremos o caminho de volta ao mundo real e, então, de volta para Casa, em Deus.
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www.cuidebemdevoce.comCuide bem de você...

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