10 de junho de 2013

Era uma vez…



Assim começa quem conta um conto de fadas.
Não sabemos se esta uma vez realmente aconteceu, ou quando foi,
se foi mesmo assim ou onde foi.
Parece que foi antes, muito antes.
Na verdade esta uma vez está acontecendo enquanto o conto é contado, acontecendo no aqui e agora, entre quem conta e quem ouve.
É um truque de magia no presente:
O passado já se foi ou já era!
No entanto, o passado que era, encanta o presente neste conto.
Coisa de fadas!

Quem conta o conto, conta com as personagens que moram dentro de quem ouve.
De outra forma, como ele poderia ser encantador, interessante ou simplesmente captar nossa atenção e cumplicidade ?
Como contar com o nosso silêncio e receptividade para assim ir contando o seu conto para que acreditemos nele?

Por exemplo: Quem já não sonhou com um encontro com sua alma gêmea?

Alguém já deve ter amado alguém com dificuldade de conter sua agressividade ou, por outro lado, encontrado alguém muito paciente…

Quem não quer se libertar de alguma situação ou ajudar alguém nisso?

Ou então, como o Joãozinho que plantou um feijão mágico, quem, também, não quis subir no próprio conceito ou no dos pais, depois de ter um insucesso qualquer.

Ou então resolver um certo problema, de uma vez por todas, de forma a nunca mais ter que se preocupar?

Muitas mulheres tem uma bruxa dentro de si mesmas e, quando a auto estima fica baixa demais, cortam seus cabelos ou então, seus laços afetivos consigo mesmas.

Algumas vezes pais e filhos se desentendem.

Velhos generais mandam os jovens para a morte na guerra ou o um velho poderoso tem inveja do talento dos mais jovens.

Amores acontecem e alguém não compreende nem aceita nossas novas amizades.

Era uma vez…

Basta alguém dizer: Era uma vez…  e isto nos faz voltar a ser crianças inocentes pois, não estamos na cena e nenhuma coisa que acontece aos personagens pode nos afetar, ainda que estejamos acontecendo bem junto com eles!
Ainda assim não somos nós.
Parece que é algo acontecendo fora e longe de nós, num tempo muito antigo …

Às vezes é uma pena que o conto não esteja acontecendo a nós e realizando nossos desejos e anseios…


Outras vezes é um alívio!

Se vocês pensam que eu vou lhes contar um conto de fadas, se enganam.
Não quero convidá-los para o “Era uma vez…” pois eu mesmo quero me livrar de personagens!
O meu encantamento com elas me parece ser a razão do sonho do qual quero despertar.

Jacó lutou com o anjo e disse: Só te deixo ir se me abençoares!
Ele esteve desperto por um momento e não queria voltar a dormir.
Despertar é uma benção e o anjo era ele próprio despertado!
Depois Jacó ficou manco para lembrar-se daquele encontro abençoado.

Jesus não só despertou, mas como provou, dentro do grande sonho que abarca a todos nós, que nada é impossível para quem desperta!

Depois da sua ressureição um caminho foi aberto para todos nós.
O que nele se fez, através dele pode se fazer em nós.
Todos temos em nós o Filho de Deus que é o Reino.
Mas enquanto sonharmos, as personagens parecem ser o que somos e o contador de contos, o ego, teme o nosso despertar porque ele mesmo é feito de sonho.

Ele é uma simpatia e sua alegria vem de sua compaixão.
Compaixão é um estado desperto.
É o resultado de uma vida dedicada em aproveitar a sua vez para despertar.

Mas há contos de fada sobre os que esperam ser despertados.

E há mitos para os que buscam uma forma de se liberarem dos labirintos do sonho.
Mas quem é este que nos aprisiona em um sonho?

É aquele que nos conta uma história onde, se “era uma vez”, assim sempre e sempre será. O contador é o nosso ego.
É ele que captou nossa atenção, é ele que conta uma estória que nos encanta ou espanta, onde vivemos no presente a estória do nosso passado. O problema é que nela somos meras personagens em vez de sermos autores na nossa vez.

E assim, neste sonho, podemos representar personagens ridículos!

Terríveis…

Infelizes… e de muitos outros tipos. Vinte e sete tipos, para ser mais exato.

Mas, basta alguém dizer: O que eu “Era uma vez”, já era !
Agora eu quero compor a minha própria estória e nela quero ser o EU SOU, nada menos que o Filho de Deus amado e feito a Sua imagem e semelhança!
E isto nos faz voltar a ser crianças inocentes pois, não estamos na cena e nenhuma coisa que parece acontecer aos personagens pode nos afetar, ainda que estejamos acontecendo bem junto com eles!
Ainda assim, não somos nós.
Parece que é algo acontecendo fora e longe de nós, num tempo muito antigo …

E porque isto é possível?

Porque não foi o verdadeiro Deus que criou este mundo dividido.
Um mundo onde a dor convive com o prazer, o bem com o mal.
Este mundo é um sonho que era uma vez: com a dor, a morte e o sofrimento.

Isto é coisa de um deus criado a imagem e semelhança do Homem. Um Homem que ainda dorme e que, em sonhos, criou um deus cruel para colocar nele a culpa por este mundo ser assim.

Porque o verdadeiro Deus nos ama e Ele não quer que sonhemos um sonho onde Seu amor não possa ser recebido.

Um mundo onde o nosso amor não possa se expressar plenamente.
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